terça-feira, 29 de novembro de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Há livros na Praia

Os participantes irão ter a oportunidade de partilhar ideias sobre os seus livros mais queridos, de declamar alguns poemas e textos, tendo como tema principal o elemento natural, o mar.
O evento irá decorrer na Praia de Leça da Palmeira, perto da Bola da Nívea, no dia 27 de Julho, por volta das 17h30.
Momentos, sem dúvida, a não perder e a desfrutar em total plenitude!
T.G
Quadro (Claude Monet)
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
II Encontro Internacional de Ensino do Português*
A manhã iniciou-se com a Drª Patrícia Ávila, com a comunicação “Competências para a vida – a literacia dos adultos”, tendo a mesma começado por referir a necessidade de desenvolver cada vez mais a literacia, visto que a evolução tecnológica é contínua. Referiu também que as competências em literacia variam consoante as habilitações escolares de cada indivíduo. Para além disso, notou que existem vários níveis de literacia dentro das habilitações escolares dos indivíduos e disse que, por exemplo, indivíduos com o nível de B2 têm, por vezes, níveis de literacia elevados (nível 4), enquanto que também existe uma percentagem significativa de adultos com o ensino superior (15%) mas com índices de literacia baixos (nível 2). Reforçou que a prática da leitura e da escrita de forma quotidiana consolida as competências, evitando a regressão nos conhecimentos. Concordou também que os contextos propiciam muito o desenvolvimento das práticas. Finalmente, apresentou as conclusões dos estudos realizados sobre os processos RVCC e EFA, dizendo que os mesmos tiveram um impacto limitado a nível dos trajectos profissionais; um forte impacto a nível da auto-imagem dos projectos pessoais e um impacto variável nas práticas de literacia quotidianas, como por exemplo em contexto familiar, pois os adultos saíram destes processos com a auto-confiança renovada para desenvolver as competências de literacia.
Seguidamente, a Drª Lourdes Mata fez uma apresentação subordinada ao tema “Literacia familiar e desenvolvimento de competências de literacia”, salientando que quanto maior for a diversidade de práticas por parte dos pais, maior será também a literacia destas mesmas crianças, não só desenvolvendo práticas formais de literacia familiar mas também informais.
A intervenção da Drª Carolina Cardoso centrou-se no tema “Processo RVCC – mudanças e práticas de literacia em contexto familiar”, sublinhando, desde logo, o facto de ser indispensável uma promoção de literacia familiar para haver um maior sucesso escolar das crianças. A Drª Carolina Cardoso apresentou os resultados de um estudo feito com 40 adultos com filhos no 1ºciclo do ensino básico, nomeadamente no que concerne às práticas que contribuíam para a literacia familiar. Sublinhou o facto de que o processo de RVCC veio transformar muitos adultos, nomeadamente, a serem mais eficazes e mais auto-confiantes, o que contribuiu para o desenvolvimento intensivo das práticas de literacia familiar, pois estes mesmos adultos passaram a relacionar-se de forma diferente (com mais qualidade e mais vontade) com a leitura e a escrita. Concluiu com o facto de as mães, que participaram nestes processos de RVCC, terem percepcionado maiores mudanças nas suas práticas de literacia após a frequência neste processo.
Em resposta a algumas questões lançadas pelo público, a DrªMaria do Carmo Gomes informou que todos estes estudos estarão disponíveis para consulta na rede do CNO, no site da ANQ. Para além disso, referiu também que os cursos de alfabetização se iriam extinguir para darem lugar à Programação de formação em competências básicas (a partir do ano de 2012), no IEFP, com 300 horas de formação total, contemplando áreas como: a leitura, escrita e cálculo e também as TIC, valorizando sempre as competências já adquiridas pelos formandos. Concluiu a sua intervenção dizendo que não deveria haver módulos de formação para responder às necessidades de adultos com dificuldades em áreas como a Linguagem e Comunicação, pois assim iria perverter a filosofia do processo de RVCC que existe para validar as competências adquiridas. Sublinhou no entanto que os formadores de Linguagem e Comunicação e de CLC poderiam utilizar o projecto Novas Oportunidades Ler + para poder enriquecer cada vez mais as práticas de literacia dos adultos.
T.G.
*Este Encontro foi promovido pela Escola Superior de Educação de Coimbra - Instituto Politécnico de Coimbra, instituição com vasta experiência de Formação de Professores do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico e de Educadores de Infância.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
O voo

Olhares cansados de horas intermináveis de rotina, de gestos maquinais, gélidos, inconscientes mas firmes, seguindo as ordens e objectivos impostos.
Uma miríade de universos contemplam-na, ávida de partilhas. Como começar? Observou a mochila a golfar os livros que a tinham marcado em determinadas fases da sua vida, que lhe tinham dado ideias e inspirado. Ela amava os livros, tocava-os, desbravava-os morosamente, com tempo, absorvendo tudo o que era digno de ser fotografado pela memória, libertando-se do fútil. Apreciava a panóplia de géneros literários, cada um ilustrando um estado de espírito. E partilhar este sentimento? Explanar este gosto doce, que lhe nutria continuamente o espírito, a almas repletas de vidas outras e de gostos sem costume, improfícuos e envelhecidos pela inexorabilidade do tempo. “Já gostei de ler”, dizia uma, “Mas agora não tenho tempo para nada: é o trabalho, são os filhos… e depois tenho a casa e a comida para fazer…”; ainda outro sussurrava “Eu gosto de ler as letras grandes dos jornais”; e outro “Os livros estão muito caros… eu agora só leio o jornal através da Internet”; e, pontualmente, erguiam-se um ou dois que compreendiam bem o olhar desconsolado dela naqueles instantes. Também eles se esqueciam das horas e da dimensão real onde se encontravam, pois a intensidade da história tragava-os por completo; também eles sabiam de cor o aroma daquela livraria, prenha de novos títulos, e por ali se olvidavam, bebericando um chá ao som de palavras mudas.
Chegara a hora da partilha. O voo começara.
Devagar.
Os livros espreitavam, por detrás das alças adormecidas da mochila.
Lentamente.
Ao soar de cada palavra, de cada frase, de cada história, os olhos, primeiramente indiferentes àquele universo, que eles pensavam que lhes era vedado ou que não lhes era endereçado, prendiam-se nos gestos e na voz, nas imagens, nas letras, naquela tela de sentidos que os enfeitiçava e os levava a emergir numa totalmente nova tormenta de sensações.
Magia. Emoções vestidas de letras pululavam na sala. “Este livro ajudou-me a perceber melhor a minha vida”, “Gostei especialmente do enredo amoroso nesta história.”, “Trouxe esta notícia sobre o desemprego porque está relacionada com a minha situação actual”. Essencial, senão, primordial, estar-se predisposto à aprendizagem, à absorção de novas perspectivas sobre o livro que se lera em tempos e que até se achara odioso ou maravilhoso, dependia dos estados de espírito e das etapas de vida. O que importava nesta partilha não era propriamente o resumo da história do livro mas sim o detalhe que cada um conseguia encontrar na história semelhante lida por todos, a perspectiva única de cada ser presente naquele local, àquela hora, com aquelas pessoas.
O que importava, no final daquele dia, não era propriamente vomitar ideias lidas num jornal sobre um livro ou limitar-se a resumir uma história, mas sim o sentar-se, em roda, durante horas esquecidas; o partilhar perspectivas únicas relacionando-as até com as vivências pessoais. Isso sim era gratificante! Isso sim era a dádiva pura.
T.G.
(Imagem: Armanda Passos)
Há livros no Pavilhão Rosa Mota

Estão disponíveis mais de 500 mil livros em stock e, para além da acessibilidade de preço dos livros, a organização promove ainda outros eventos como: ateliers de escrita criativa, ateliers para os mais novos e encontros com alguns escritores.
Fica aqui, então, uma ideia para um dia sem programa! Um dia impregnado de perfume a livros!!
T.G.
(Imagem: Vieira da Silva)
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Há livros na Fundação Dr.António Cupertino de Miranda
