quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Teatro e eu

Há pancadas!
E na sala o silêncio toma o seu lugar.
Corações batem mais forte, quando se ouve a frase:
O espectáculo vai começar!

Abre-se o pano e eu já não sou eu,
Ali já não existo, voei, transportei-me para um outro patamar:
Adormeci… e outro ser envolveu o meu corpo.
Sou o Zé Augusto,
Humilde, triste e cego.

Como é bom poder viver outra vida,
Outro personagem.
Poder exteriorizar sentimentos,
Raiva, ódio, paixão, prazer e loucura.

O teatro é sonho,
O teatro é entrega,
O teatro… é vida!

Penso em ti, sozinho,
Onde o palco é só meu…
E o teu sorriso vislumbro,
Numa ânsia de te ver.


Manuel Vilaça
(RVC NB)

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